Sustentadas por problemas ou incertezas no campo das ofertas, as cotações das seis principais commodities agrícolas exportadas pelo Brasil encerraram maio em patamares mais elevados que em abril nas bolsas de Chicago (soja e milho) e Nova York (açúcar, café, suco de laranja e algodão). Na contramão, trigo e cacau – o primeiro referenciado em Chicago e o segundo em Nova York -, matérias-primas importadas pelo país, fecharam o mês passado em queda.
Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) mostram que a maior valorização foi a do açúcar (11,47%), seguida por soja (9,21%), suco (5,89%), milho (4,27%), algodão (1,5%) e café (1%). Já as quedas de trigo e cacau foram bem modestas – 0,64% e 0,22%, respectivamente. Em relação às médias de maio de 2015, apresentam ganhos açúcar (29,90%), suco de laranja (22,96%), soja (11,83%) e milho (7,6%), e há retrações nos casos do café (5,96%), do algodão (5,24%), do trigo (4,07%) e do cacau (0,69%).
No que depender dos mais recentes movimentos dos fundos especulativos que atuam nas duas bolsas, a tendência de alta pode até ganhar impulso nos casos de soja, milho, algodão e suco. Para açúcar, café e cacau, as apostas são de valorização, mas o ímpeto diminuiu, enquanto no de trigo os sinais de que haverá novas quedas se aprofundaram.